13 dezembro, 2019

Entrevista com Priscila Siqueira - Autora de: GENOCÍDIO DOS CAIÇARAS

Nome literário de Priscila Dulce Dalledone Siqueira
Paranaense, cinco filhos, vive em São Sebastião desde 1962. Jornalista, é autora de Tráfico de pessoas: oferta, demanda e impunidade (2004), O sonho de Julieta (2014) e A outra face de Eva (2015). É uma das fundadoras do SOS Mata Atlântica e do Movimento de Preservação de São Sebastião.





UM TEMA QUE INCOMODA E INSTIGA
Conhecer e compreender a cultura e o modo de ser do caiçara não é simples. Exige, antes de tudo, delicadeza e humildade, e saber compartilhar de suas angústias, especialmente o caiçara de origem centenária, que viveu praticamente isolado nas praias e sertões do Litoral Norte, até que o “progresso”, com seus advogados, máquinas e capatazes, chegou destruindo tudo, suas terras, suas casas, seu dia a dia de pesca, lavoura de subsistência e muitas festas, religiosas e profanas.
Priscila Siqueira talvez seja a única jornalista e ativista social que conseguiu retratar com profundidade e extrema sensibilidade esse período, que, não por acaso, começou nos “anos dourados” da ditadura militar. Um ciclo que ainda não se encerrou, porque o que se perdeu, perdido está, e o que restou dessa época continua agravando a vida das novas gerações.
Esta terceira edição de Genocídio dos Caiçaras vale tanto pela leitura do passado quanto projeção sobre o presente, visto que o tema continua instigante, ainda incomoda.
Mesmo antes de se envolver como jornalista nos conflitos sociais do caiçara, Priscila já atuava em outras frentes pela dignidade humana, pela justiça, em favor dos menos favorecidos. Uma trincheira que ela nunca abandonou. Prova disso são os convites que recebe para dar palestras mundo a fora, como uma das principais vozes brasileiras contra a prostituição infantil e o tráfico de mulheres.
Digo tudo isso com muito orgulho pois tive, também como jornalista e residente em Ubatuba, o privilégio de conviver com Priscila na época retratada em seu livro, ambas representantes de dois grandes jornais. Com ela, aprendi muito. Juntas, transformávamos nossa indignação em notícia, usávamos nossas credenciais para literalmente abrir porteiras, entrevistar os poderosos. Priscila Siqueira foi e é uma forte inspiração de profissão e vida.
CÉLIA ROMANO


Olá Priscila. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.


Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A primeira edição do “Genocídio dos Caiçaras” aconteceu em 1984, em plena ditadura militar. Eu era, na época, repórter da Agência Estado que incluía além do jornal o Estado de S. Paulo, o Jornal da Tarde que não existe mais e a rádio Eldorado. Sendo correspondente regional, minha responsabilidade como jornalista, era cobrir o litoral norte paulista e sul fluminense.
Dessa forma, tive o privilégio de testemunhar, o que ocorria na região litorânea cortada pela rodovia Rio-Santos. Como muito das matérias que eu escrevia não eram publicadas, resolvi fazer um livro de reportagens-mostrando o que a especulação imobiliária, o capital até mesmo estrangeiro e um regime de exceção podem fazer com as populações mais vulneráveis desse nosso País.
Por que a terceira edição de um livro, depois de 35 anos?
Porque, ainda moradora nesse litoral, fica claro para mim que as ameaças de expulsão dos caiçaras - os caboclos do litoral brasileiro- ainda estão presentes. Ainda mais com um governo federal que menospreza as populações ancestrais, tidas por ele como “não produtivas”. Daí, a ameaça concreta contra os quilombolas, os índios e os caiçaras.
A reedição do livro, está suscitando uma discussão do problemas com os caiçaras que conseguiram permanecer em suas paias, e que hoje se organizam para enfrentar o desafio que a ganância da especulação imobiliária faz pairar sobre eles.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Genocídio dos Caiçaras é o meu primeiro livro. Depois dele, publiquei “O sonho de Julieta”, ”Tráfico de Pessoas: Oferta, Demanda e Impunidade” e “A outra face de Eva- relações entre Religião, Violência e Mulher”. Também coordenei juntamente com a professora Maria Quintero da USP, a edição do livro “Tráfico de Pessoas: Quanto vale do Ser Humana na balança comercial do lucro?”.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Num país em que grande parte das pessoas mal têm condições de suprir suas necessidades básicas de sobrevivência, acho que é pedir demais para elas compararem livros. O triste é que o nosso atual governo não se importa com Educação o que faz com que o problema se agrave, ainda mais.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de meu irmão, compadre e amigo Antônio Romane, o Tonhão.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Eu não me considero uma escritora. Escritores são Graciliano Ramos, Jorge Amado, ou João Guimarães Rosa, entre tantos outros. Sou uma jornalista. Como al reporto fatos que me emocionam ou me indignam.
Se o livro merece ser lido? Se o leitor quiser ficar por dentro do que ocorre em nossa sociedade e que dificilmente a grande mídia apresenta, acho que sim.

Obrigado pela sua participação.
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Entrevista com Milton César Rodrigues Medeiros - Autor de: ESTRESSE, O DESTRUIDOR DE VIDAS

Dr. Milton C. R. Medeiros é Neurologista, sendo membro titular da Academia Brasileira de Neurologia há mais de 17 anos. É autor de outros 4 livros (Visão Geral De Um Médico; A Chave para o Conhecimento Emocional; Dissecando a Morte; Meditação e o Cérebro). Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialização em Neurologia Clínica na UEL. Cursos de aperfeiçoamento em áreas neurológicas na Itália, Áustria e México. Autor de diversos trabalhos científicos neurológicos publicados em revistas e congressos nacionais e internacionais. Tem 50 anos, é casado e tem um filho. Trabalha e reside em Arapongas, norte do Paraná.


O livro tem por objetivo detalhar o assunto estresse. Mostra a importância do estresse para a evolução da espécie humana e esclarece em que ponto esta resposta orgânica passa a ser maléfica ao organismo. Explica em termos simplificados como o estresse correlaciona-se com o aparecimento de diversas doenças que vão desde um resfriado comum até uma patologia tão grave como o câncer, passando pelas doenças autoimunes, inflamatórias, cardiocirculatórias, etc. Por fim, baseado em estudos científicos, sugere medidas importantes e acessíveis para o combate ao estresse, possibilitando melhora da qualidade de vida e aumento da expectativa de vida. O livro é totalmente embasado em estudos científicos de alto impacto e nas observações pessoais do autor, com sua experiência de 25 anos de prática ativa na medicina.

Olá Dr. Milton. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro é a respeito do estresse em sua forma mais ampla. A ideia surgiu em decorrência de meus 25 a nos de prática médica, observando a importância do estresse crônico na exacerbação e mesmo na causa de doenças diversas. O livro é destinado ao público geral. A linguagem é simples, funcionando para um maior conhecimento sobre o tema e, a partir dai, possibilitando as mudanças de hábitos de vida para o combate deste mal. Trata-se de um livro útil e culturalmente interessante, já que discute a importância do estresse na evolução humana e como ele se tornou presente e maléfico no mundo moderno.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Eu sou médico, especializado em Neurologia. Sou membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. "Estresse, o destruidor de vidas" é meu quinto livro, sendo 4 editados pela editora Scortecci. Minha vontade de escrever surgiu como um complemento da minha atividade profissional. Tento passar boas mensagens aos meus pacientes para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Mas, através dos livros, tenho conseguido passar minhas mensagens para um número muito maior de pessoas. O meu objetivo principal é melhorar a qualidade de vida das pessoas através dos meus conhecimentos científicos, seja na minha clínica, seja através dos meus livros.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Certamente o brasileiro lê pouco. Algo desfavorável culturalmente. Para os escritores que dependem financeiramente da venda de seus livros, acredito que deva ser extremamente difícil. Exceção para poucos. Tenho a esperança que os brasileiros mudem seus hábitos e passem a nutrir seus intelectos com cultura de qualidade, cultura que exija mais conhecimentos em decorrência de maior complexidade. Tenho a esperança de que a educação no Brasil um dia seja realmente valorizada.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de pesquisas na internet. Cheguei a conclusão de que era uma editora de qualidade. Após 4 livros publicados na Scortecci, posso dizer que minha primeira impressão foi correta. Realmente é uma editora de muita qualidade.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Certamente o livro merece ser lido. Ele tem por objetivo levar o conhecimento de um problema cotidiano que destrói a saúde orgânica e mental das pessoas e elas nem percebem. Conhecer sobre o estresse e saber combatê-lo é de extrema importância para a melhora na qualidade de vida.

Obrigado pela sua participação.


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Entrevista com Luiz Manoel Ferreira Maia - Autor de: Correio Sentimental E Outros Contos

É natural de Belém-PA. Escreve habitualmente desde 1995. Publicou seu primeiro livro em 2005 – Homens e Mulheres em Contos, Amores e Conflitos. Em 2008, o romance Vidas Sobre Vidas. Em 2012, Universo e Vida - Poesia e Prosa, textos em prosa, poemas, sonetos e quadras. Participou como letrista em várias composições musicais: Banzeiros de Amores, Barco Motor Solidão, Você Voltou, Canção De Trazer Saudade, Felicidade Errante, Fica Pra Depois, O Natal Que Desejamos, Caminhada Ao Santuário, Maria Excelsa Mãe, Libertação, entre outras. É associado da UBE – União Brasileira de Escritores.

Título escolhido para este livro refere-se a um espaço gratuito em revistas para anúncios em estímulo à troca de cartas manuscritas entre seus leitores. Para fins de amizade ou casamento, era praxe. Embora eficaz em seu tempo, essa prática ficou para trás e as postagens nos correios atualmente ficam em grande parte restritas ao uso comercial. Correio Sentimental é a décima quarta de um total de dezesseis narrativas. Remonta ao tempo em que a rápida escalada da tecnologia dos meios de comunicação não era sequer imaginada, de tal modo a chegar às facilidades dos dias atuais, das mensagens instantâneas entre pessoas comuns pelo telefone celular com uso do aplicativo WhatsApp.
Evoluem os meios de comunicação, mas sentimentos humanos são imutáveis, sempre conosco estarão e igualmente são abordados em Outros Contos de amor e do cotidiano. Ansiedade, sonhos, fantasias, decepções e alegrias das pessoas em suas relações familiares, conjugais ou de amizade. O conto inicial deste livro é uma paródia, versão burlesca de um episódio da famosa obra literária “O Chefão”, de Mário Puzo. Entretanto o autor fez essa relação com certo comedimento ao retratar o personagem principal afetado por grande sensibilidade. Enfim, são contos que pretendem levar o leitor a uma reflexão sobre o aprimoramento de suas relações com seus semelhantes.

Olá Luiz. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
É um livro de contos. Em cada narrativa tento atrair os sentidos do leitor para transportá-lo a um estado de consciência ligado às emoções dos personagens envolvidos em tramas de amor, paixão e tantos outros sentimentos aflorados em situações imaginadas. Apesar disso, não ficam distantes da realidade, pois derivam da observação do autor na colheita de comportamentos humanos em suas atitudes e reações com seus semelhantes. Do guardado na memória o autor faz ideação e cria sua versão em contos. São histórias para leitura de adultos.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Não é o primeiro. Conservo ainda dois romances de ficção escritos antes deste e não publicados. Numa sequencia de trabalhos, creio eu, os mais antigos podem ficar arquivados em computador e esquecidos temporariamente na memória do autor. A cada revisão podem sofrer alterações, porém com o necessário cuidado a não causar prejuízo ao tema proposto. Essa tarefa carece de disponibilidade de tempo e propósito de conclusão. Sobre meus projetos no mundo das letras, continuarei escrevendo e tentando publicar meus trabalhos desde que meus limites físico e emocional permitam. Quanto ao plantio de uma árvore já ultrapassei o ponto de chegada com êxito várias vezes. A respeito de filhos, estou satisfeito com os que me cercam e apesar de sentir a falta da única filha, os demais permanecem unidos, em boa convivência. Criar um filho, ver uma árvore que você plantou crescer e dar-lhe sombra, são metas alcançadas tão prazerosas ao ser humano, tanto quanto escrever um livro. São sonhos realizados.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Na verdade, haja tempo para ler se levarmos em conta a quantidade de livros publicados no Brasil, o que nos faz pensar na enormidade de muitos escrevendo em comparação com os poucos que leem. Na maior parte de nossa população, ou seja, dos não habituados a ler, há muitos que preferem ficar horas na comodidade do assento em frente à tevê ou em diversificadas leituras de textos de pouca ou nenhuma valia, se não espúrios, escritos e publicados levianamente em redes sociais.
Nesse cotejo podemos dizer que o escritor brasileiro é obstinado em continuar produzindo sua obra, mesmo que seja incontestável o fato da existência de poucos leitores. Ainda que descrentes em mudanças para tempos melhores, escritores nacionais parecem agarrar-se ao estímulo da frase de Pompeu reescrita por Fernando Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Tomara em maioria sejam os esperançosos pela superação de um nocivo costume dos brasileiros, o da abstenção do ato de ler e conhecer as obras de seus conterrâneos.
A vida do escritor no Brasil é marcada pela espera do dia em que todos passem a ler com mais frequência. Enquanto isso, vivemos esse grande e preocupante problema. Nada fácil de ser resolvido.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de pesquisa sobre editoras na internet.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Respondo com a citação de um trecho copiado do meu livro intitulado Vidas Sobre Vidas: “Mas, de que me adianta estar num mundo só meu, feito e refeito ao sabor dos meus desejos, se ninguém além de mim, dele possa compartilhar? Se não posso chamar quem eu quero para nele adentrar como meu convidado, e a este dizer: – Entra, fica à vontade, vem desfrutar deste meu recanto, aqui, onde recebo com alegria os meus amigos?”. (MAIA, 2012, P. 22)
Neste caso o livro representa o meu mundo e o convidado é o leitor.

Obrigado pela sua participação.
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Entrevista com Carlos Miranda - Autor de: EPOPEIA DOS ANÔNIMOS

Carlos Miranda
Natural de Caieiras, São Paulo, Brasil, nascido em meados do ano de 1944. Seu trabalho por décadas foi relacionado com projetos mecânicos, tecnicamente especializado em equipamentos petroquímicos, atualmente aposentado. Reside em São Paulo, bairro de Pinheiros, há mais de vinte anos. Como sempre demostrou grande apego à religião, obrigou-se a buscar o aprofundamento do conhecimento teológico, que somando-se à sua extrema curiosidade, o fez cursar teologia com ênfase em filosofia, na Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. Assunção, de 1995 a 2000, com extensão universitária certificada pela FAI. Admirador incondicional de livros, sempre desejou escrever e publicar, e após algumas vãs tentativas com muitos textos desprezados, essa ideia finalmente ganhou corpo até o lançamento desse livro.

Esse livro conta a história de patrióticos personagens brasileiros em todas suas aventuras, antes, durante e após suas heroicas estadas nos hospitais aliados na Itália, no auge da Segunda Grande Guerra. E tenta mostrar com seu humor criativo, as prováveis diversas maneiras de tornar sua convivência nesse ambiente desesperador, a mais fraterna possível. Esses “fatos e personagens” existentes somente na cabeça do autor, compõem apenas um experimento que destaca com responsabilidade, e algum humor, usando não somente a imaginação mas inserindo dados reais em prováveis eventos hipoteticamente vividos nos hospitais de campo, onde trabalharam médicos, enfermeiros, enfermeiras, odontólogos, serviços de resgate nos campos de batalha, como os corajosos padioleiros, nosso sacerdote e coveiros, enfim todos os componentes do Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira, a nossa FEB. Toda a história criada nesse livro, se baseia em textos reais, mostrando que grande parte de nossos heróis eram pessoas simples do povo do nosso interior, muitos analfabetos, como Generoso, um dos personagens do livro, que se prontificara a seguir sem saber para onde ia, e nem ao menos o que faria quando lá aportasse. Por tudo isso, nossas eternas homenagens a todos os verdadeiros heróis, e não somente aos combatentes com as baionetas, mas também aos das duras lutas travadas com os bisturis, pela vida.

Olá Carlos. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Livro em referência: Epopeia dos Anônimos. Resposta: Trata-se basicamente da mostra de reiteradas demonstrações de confiança e amizade entre grandes amigos e colegas que exerciam sua profissão de médicos sob o mesmo teto hospitalar.
Na verdade, a ideia nasceu enquanto eu pesquisava fontes onde pudesse encontrar informações seguras sobre os trabalhos dos profissionais de saúde nos hospitais de campo ativos durante a campanha dos soldados da FEB na Itália, quando lutavam ao lado dos soldados aliados norte-americanos na Segunda Grande Guerra. Como a pesquisa foi em vão, sem qualquer surpresa, decidi colocar meus personagens compondo o quadro, de alguma maneira como uma pequena homenagem aos meus velhos e queridos parentes, amigos e conhecidos de minha cidade natal.
Acredito que esse livro comporta uma faixa etária de leitores de 12 a 112 anos..

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Gosto muito de escrever, e, caso todas minhas obras, publicadas fossem, garanto que o cartaz com meu semblante estaria enfeitando todos os postes da cidade, como o líder em dívidas às Editoras. Entretanto tenho ainda alguma esperança de encontrar meu livro publicado como “Epopeia dos anônimos”, apenas como o primeiro em minha carreira. Torço com muita fé e esperança para que minha saúde também me permita, passar para o papel minhas criações que felizmente abundam meu cérebro ainda são.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Essa pergunta me fez lembrar de apenas um, dos graves problemas que enfrentavam e enfrentam ainda hoje, autores de livros, em nossos inesquecíveis tempos escolares, (médios e superiores), de alguns anos atrás, quando surgiam trabalhos escolares a respeito de um certo livro que nenhum aluno possuía, e nos sentíamos eternamente gratos quando apareciam infindáveis cópias em xérox do referido livro. Estávamos salvos, mas sem qualquer pensamento no coitado do autor do referido livro que indubitavelmente estava sendo estrangulado e morrendo aos poucos. Não passava pelo cérebro de nenhum aluno “espertinho” que estávamos cometendo um crime. Na verdade, o aviso: “É proibido xerocar os livros”, ainda nos dias de hoje não se vê com tanta frequência. Por isso naqueles tempos como agora, não tenho a mínima ideia de como sobrevivem nossos escritores com ou sem famílias, vivendo somente com os valores das vendas miseráveis dos livros.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci a Scortecci Editora através de indicação de meu amigo e escritor: Antônio Carlos Affonso dos Santos, o conhecido “Acas”.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Meu livro, assim como todos os demais foram escritos, única e exclusivamente para que fossem lidos, independentemente de merecimento.

Obrigado pela sua participação.
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10 novembro, 2019

Entrevista com Adelisa Maria Albergaria Pereira Silva - Autora de: UMA HISTÓRIA DE AMOR ESCRITA POR DEUS...

54 anos, é natural de Campinas/SP. Pedagoga por formação, bancária por profissão e escritora por vocação, também escreve crônicas de seu cotidiano desde julho de 2010 em seu blog: O que realmente importa... Em agosto de 2013, lançou seu primeiro livro O que realmente importa..., pela Editora Multifoco, coletânea de crônicas do seu blog pessoal. Em julho de 2015, lançou seu segundo livro, O que realmente importa... – Vol. 2, pela Editora Chiado, com lançamento simultâneo no Brasil e em Portugal. Em agosto de 2016, participou da coletânea de crônicas Meu Pai foi ferroviário – Vol. 8. Em setembro de 2016, estreou na Bienal Internacional do Livro de São Paulo a convite da Editora Chiado, com o livro O que realmente importa... – Vol. 2. Em junho de 2017, seu segundo livro, O que realmente importa... – Vol. 2 – Editora Chiado, foi exposto na Feira do Livro de Lisboa. Em agosto de 2018, participou pela segunda vez, da Bienal Internacional do Livro de São Paulo a convite da Chiado Grupo Editorial, com o livro O que realmente importa... – Vol. 2. Atualmente continua escrevendo em seu blog. Além da escrita, também gosta de fotografar em todas as oportunidades que tem! Uma curiosidade: as capas dos dois livros são fotos de sua autoria.

É uma história verídica, contada com muito amor para os pequeninos! O tema “adoção” precisa deixar de ser mais um tabu e, por isso, deve ser abordado com as crianças. Afinal, elas devem saber que a criança que nasce do coração de um pai e de uma mãe é tão amada e importante quanto as que nascem do ventre. Para derrubar os preconceitos que ainda existem sobre o assunto, é necessário desmistificá-lo! A adoção é uma bênção e um privilégio para ambas as partes!



Olá Adelisa. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O tema do meu livro é a “Adoção”. Uma história verídica de adoção (a história da chegada do meu filho mais novo), contada para as crianças.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?Desde que lancei meu primeiro livro, sempre pensei em lançar um livro infantil sobre adoção, que é um tema pouco “trabalhado” com as crianças.
Com o intuito de auxiliar os pais à abordar o assunto com seus filhos - de uma maneira natural e descomplicada.
O público à que se destina meu trabalho são as crianças. E já tive retorno, com a graça de Deus!
Um pai que acabou de entrar na fila do CNA (Cadastro Nacional de Adoção) adquiriu o meu livro na semana passada, para que quando seu filho(a) chegar, ele já o tenha em mãos, e possa abordar o assunto com ele(a).
Um outro leitor de 5 anos, leu o meu livro e disse à sua mãe:
- Olha mamãe: foi igual você e o papai!
Fiquei emocionada e feliz em saber! É exatamente essa sensação de pertencimento e amor, que quero passar para as crianças!
As crianças devem saber, que uma criança que nasce no coração de um pai e de uma mãe, é tão importante e tão amada, como qualquer outra!

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Escrevo crônicas do meu cotidiano desde julho de 2010 em meu blog: O que realmente importa...  Sou autora de dois livros (coletâneas de crônicas do blog): O que realmente importa... (2013)/Editora Multifoco; e O que realmente importa... – Volume 2 (2015 – Brasil/Portugal)/Chiado Books.
Participei em 2016 e 2018   da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, à convite da Chiado Books, com meu O que realmente importa... – Volume 2.
É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Não é meu primeiro livro. É mais um sonho realizado, com a graça de Deus! E agradeço também a editora Scortecci, que tornou o meu projeto viável, e ajudou-me a realizar esse sonho!  Mas não é apenas o sonho “de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro” ...
Escrever já faz parte de mim!  Então, tenho a ânsia de escrever, e mais alguns projetos em mente!

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É um tanto árdua!
No Brasil, é quase impossível viver apenas da escrita. A não ser, que seja um “best seller” ... Também, uma missão quase impossível!
Outro dia vi um comparativo na internet, dos livros com relação a outros serviços.
As pessoas não acham caro pagar R$ 50,00 numa bijuteria, numa pizza, numa manicure; ou muito mais, com outros serviços, num salão de beleza.  Mas acham caro pagar R$ 30,00/R$ 35,00 num livro, que é um bem durável! E muitos, de valor inestimável!
Não imaginam o trabalho que dá escrever/editar um livro!
Seria muito bom, se houvessem projetos de incentivo à leitura, nas escolas.  E os escritores fossem mais valorizados!
Infelizmente, é bem difícil ser escritor no Brasil!

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de uma amiga, que já tem livros publicados com essa editora, e me deu boas referências.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Sim.
Porque o tema “adoção” precisa deixar de ser mais um tabu e, por isso, deve ser abordado com as crianças. Afinal, elas devem saber que a criança que nasce do coração de um pai e de uma mãe é tão amada e importante quanto às que nascem do ventre. Para derrubar os preconceitos que ainda existem sobre o assunto, é necessário desmistificá-lo!
Alguma mensagem especial para seus leitores?
Espero que gostem do meu livro!
E que ele possa ajudar os pais à abordarem o assunto com seu filhos, de uma maneira natural e sem preconceitos!
A adoção é uma bênção e um privilégio para ambas as partes!
Para ter filhos:  é necessário apenas, que haja Amor...Só Amor!
Eu Amo ser mãe do coração!

Obrigado pela sua participação.
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Entrevista com Márcia Cristina Oliveira e Dayane Oliveira - Autoras de: A NUMEROLOGIA DOS CHAKRAS

É Carioca de nascimento e Cidadã Catarinense de coração, habitante de Florianópolis/SC, ariana nascida em 5 de Abril de 1968, criativa, espiritualista e sensitiva. É apaixonada por projetos e ações em prol do desenvolvimento humano e espiritual. É facilitadora de cursos, vivências, retiros espirituais e viagens para Índia desde 2014. É canalizadora de processos de reconexão e autoconhecimento através de Aconselhamento Holístico,Yoga e Terapias Vibracionais/Energéticas e Integrativas. É escritora-poetisa há 27 anos e possui 4 livros publicados com o pseudônimo de Catarina Poeta.
É Numeróloga Sistêmica com base Pitagórica e Terapeuta Holística. Costuma afirmar que está neste ego chamado Dayane vivendo os desafios da dualidade.  Iniciou os estudos exotéricos aos 12 anos e, aos 26 anos teve um despertar interior que lhe abriu a mente e o coração para novas visões do mundo e de si mesma. Passou por experiências de expansão de consciência e percebeu que parte do seu propósito é compartilhar as experiências vividas com as outras pessoas.


Esta obra surge com objetivo de trazer a consciência para a influência potencial dos números em nossos centros de energia - chakras, e como podemos gerenciá-los de forma a melhor alcançarmos nossos propósitos, metas, objetivos, saúde e bem estar. A Numerologia nos dá ferramentas de leitura de nós mesmos e as técnicas de Yoga nos dão a oportunidade de transmutar as energias estagnadas nos chakras para possibilitar a reconexão com a nossa essência primordial.



Olá Márcia e Dayane. É um prazer contar com as suas participações no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Trata-se de uma obra que fala de práticas holísticas e integrativas para o bem estar físico, emocional, mental e espiritual. O livro surge com objetivo de trazer a consciência para a influência potencial dos números em nossos centros de energia - chakras, e como podemos gerenciá-los de forma a melhor alcançarmos nossos propósitos, metas, objetivos e realizações pessoais. 
Sou professora e praticante de Hatha Yoga e especialista em Chakras e Meditação. Também sou Terapeuta Holística e Vibracional. Iniciei este projeto em 2016 quando participei de uma prática de Yoga em Rishikesh, Índia, e o Guru (professor de Yoga) falou da importância dos chakras em nossos corpos físicos e energéticos e da necessidade de gerarmos ações construtivas para manter esses centros de energias equilibrados. A correlação com os números veio nesta mesma viagem, quando um astrólogo de Jaipur com base na numerologia tântrica me falou que estava havendo certa desarmonia vibracional em meu ser nos chakras básico (Muladhara) e cardíaco (Anahata), e que ambos estavam dificultando minha vivência plena com meus números de desafio e de propósito de vida. Fiquei intrigada com estas afirmações e para aprofundar mais minha compreensão sobre isso, iniciei uma série de pesquisas na Índia, em Rishikesh, Jaipur e Varanasi. Neste mesmo ano, em Florianópolis, participei de uma oficina de numerologia pessoal promovida pelo Portal Guia da Alma, e foi quando conheci a numeróloga Dayane Oliveira. Nos tornamos amigas e a convidei para escrever sobre a numerologia correlacionada aos chakras, a fim de complementar o livro que eu já havia escrito. E juntas criamos uma forma de abordagem terapêutica para alinhamento dos chakras e números que regem nossa vida em termos de desafios e propósitos de uma forma integrativa unindo dois conhecimentos muito antigos – Chakras e Numerologia Pitagórica.
O livro tem dupla função! Para terapeutas holísticos é uma ferramenta de análise profunda para auxiliar nos atendimentos clínicos. Para leigos é uma ferramenta de auto-ajuda para uma melhor compreensão de si mesmo, por meio de uma forma muito simples.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Comecei minha carreira literária em 1991 participando da Antologia Mil Poetas Brasileiros, publicado pelo Instituto da Poesia Internacional de Porto Alegre-RS. Neste mesmo ano lancei em Imbituba-SC o livro “Duas Faces em Versos” pela Editora Lex Graf, em parceria com o escritor Jorge Luís Fagundes. Em 1996 adotei o pseudônimo de Catarina Poeta e lancei o livro “Desejos e Delírios” pela Editora Gráfica Juliana, também em Imbituba-SC. Pela Bookess Editora de Florianópolis-SC lancei vários livros no formato E-book: Livro “Releituras” (2010); Livro “Inquietação” (2010); Livro “Desejos e Delírios Edição atualizada” (2010); Livro “Pulsações” (2011). Em 2015 participei da Antologia Scortecci Rede de Palavras Volume 2, da Editora Scortecci de São Paulo. Em 2018 decidi lançar livros na área de auto-ajuda – Therapy Healing (Terapia de Cura) e Wellness (Bem estar), sendo “A Numerologia dos Chakras” o primeiro pela Editora Scortecci. Já tenho outros dois livros prontos que serão lançados em breve.
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A leitura tem sido estimulada em nosso país nas últimas duas décadas. Mas, a verdade é que o valor para se editar um livro no Brasil ainda é alto e isso afeta o preço final da obra, pesando no bolso do consumidor. Na Índia, por exemplo, compramos excelentes livros por cerca de 80 a 200 Rúpias (entorno de três dólares ou quinze reais). Outro fator é que na era digital, é possível fazer download de vários títulos de obras gratuitamente. Mas, na minha opinião, o que nos resguarda uma vitalícia carreira literária, é o fato de que nenhum sistema digital substitui o imensurável prazer de se folhear um bom livro, sentindo a textura e o cheiro do papel. Há um certo romantismo nisso, que ainda atrai bons leitores em busca de bons livros.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Recebi um convite da editora para participar de antologia literária. E, quando foi possível eu participei de uma.
Adorei o resultado e a qualidade da obra. E, não tive dúvidas em publicar meu livro na Scortecci.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O livro “A Numerologia dos Chakras” merece ser lido por tudo o que ele pode oferecer para o leitor leigo e para terapeutas holísticos como ferramenta para a transformação e ressignificação vibracional dos corpos energéticos e sutis de cada um. É uma leitura-jornada rumo ao autoconhecimento e autodesenvolvimento.

Obrigado pela sua participação.
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29 setembro, 2019

Entrevista com Rosimeire Leal da Motta Piredda - Autora de: O LADO POÉTICO DA VIDA

Vila Velha/ES – Nascimento: 16 de abril de 1969.
Secretária Aposentada, Escritora e Poetisa.
Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni (MG).
Outros Livros Publicados:
- Voz da Alma - Novembro/ 2005 - Editora CBJE – R.J. (11 Crônicas - 04 Contos - 37 Poesias)
- Eu Poético - Agosto/ 2007- Editora CBJE – R.J. (01 Crônica - 05 Contos - 54 Poesias)
- O Cair da Tarde - Julho/ 2012 – Editora CBJE – R.J. (01 Crônica - 32 Poesias

Poesias estilo sugestivo e metafórico onde a vida interior é revelada por meio de símbolos. Biografia do imigrante italiano Salvador Piredda, que viveu em Santa Teresa/ES, no período de 1922 a 1947 e, de 1947 a 1960 em Vitória/ES, construtor civil, construiu o Bairro IBES (1954) e o cemitério de Santa Inês em Vila Velha/ES (1957), além de outras obras. Contos e crônicas com experiência de vida de quem ascendeu socialmente, o dia a dia de um caminhoneiro e o depoimento de quem se tornou surda e dificuldades enfrentadas pelos surdos em nossa sociedade.


Olá Rosimeire. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O Livro, “O Lado Poético da Vida”, meu quarto livro, contém a Biografia de Salvador Piredda, imigrante italiano, que viveu em Santa Teresa/ES, no período de 1922 a 1947 e de 1947 a 1960 em Vitória/ES, construtor civil, construiu o Bairro Ibes (1954) e o Cemitério de Santa Inês em Vila Velha/ES (1957), além de outras obras. No livro há também, poesias em estilo sugestivo e metafórico onde a vida interior é revelada por meio de símbolos, contos e crônicas com experiência de vida de quem ascendeu socialmente (conto real), o dia a dia de um caminhoneiro (conto real), e, o depoimento de quem se tornou surda (conto real, minha história.. explico porque perdi a audição, dificuldades enfrentadas pelos surdos em nossa sociedade). 
Os textos foram escritos ao longo dos anos. Havia conteúdo suficiente para compor um livro, então decidi que era hora de publicar.
O livro se destina a todos que desejam refletir sobre a vida, a importância de não desistir, de resistir, insistir, ver o Lado Poético da Vida, apesar de tudo. Os adolescentes se identificam com os meus textos, pois vivem uma fase de autocompreensão, continuamente estão em busca de si mesmo e desvendam seus próprios sentimentos.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
É o meu quarto livro. Em minhas poesias desenvolvo o estilo sugestivo e metafórico, semelhante ao simbolismo, quase surrealista, onde a vida interior é revelada por meio de símbolos. Existe a postura romântica centralizada no "eu", explorando as camadas profundas do subconsciente e inconsciente: inspirações endereçadas à emoção, envoltas em sombra, em névoa! Porque sempre fui tímida e tinha receio de falar sobre mim claramente, involuntariamente uso objetos materiais e abstratos representando o que sinto. Costumo dizer que meus livros sou eu, ali esta minha alma. Tenho uma doença genética rara, Síndrome De Alport. Não há cura. Demorou vinte e cinco anos para descobrir! Agora que se agravou, para sobreviver e não ficar deprimida, mudei rigorosamente a alimentação, sigo escrevendo minhas poesias e observando o lado poético da minha vida. Exemplo do meu estilo poético, uma poesia do meu livro “Eu Poético” (2007)

ECOS DE UM EU APRISIONADO
Uma música misteriosa perturba meus sentidos,
transcende o meu entendimento.
Acordou-me com acordes insistentes.
Arrastou minha curiosidade para o secreto do meu íntimo!
Desvendou meus sonhos escondidos.
São sons produzidos pelo meu subconsciente.
Hipnotizou-me através do meu autoconhecimento.
Projetou em meu coração os segredos da minha alma.
Um maestro afinou a sinfonia,
tornando-a cada vez mais compreensível.
Visão fantástica de uma parcela de mim,
presa nos escombros da vida!
Ecos de um eu aprisionado.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Ser escritora para mim, não é uma profissão e sim uma maneira de expressar meus sentimentos. Escrevo e público meus livros como se fosse o meu “Eu” interior que compartilhasse com as pessoas, como se dissesse: "Sou tímida, mas eu existo"!

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci a Editora através da escritora Maria José Zanini Tauil (RJ) que me recomendou.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Os textos transmitem a mensagem que, apesar das tristezas e dos obstáculos, devemos persistir e ver o lado poético da vida, desistir jamais... vencedores são aqueles que viram a página da tristeza e leem o próximo capitulo e tenham a esperança sempre viva, certo que haverá um novo amanhã.... e se o dia seguinte ainda for sombrio, apesar das lagrimas, seguir vivendo, porque, vamos descobrir que para tudo tem um porquê, e o principal é que nos surpreendemos ao perceber que a resposta está dentro de nós.

Obrigado pela sua participação.
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Entrevista com Antonio Barbosa Filho - Autor de: AUDÁLIO, DEPUTADO

É jornalista e autor de "A Bolívia de Evo Morales" (2008), "A Imprensa versus Lula" (2010) e "O Brasil na era dos imbecis - o discurso de ódio da direita" (2011). Foi cinegrafista da Rede Globo de Televisão, repórter em jornais e rádios do Vale do Paraíba, da Tribuna da Bahia e correspondente das rádios CBN e Jovem Pan. Há treze anos, divide seu tempo entre Taubaté-SP e Delft, na Holanda.

Audálio Dantas, falecido em 2018, ficou nacionalmente conhecido como repórter, escritor e líder sindical dos jornalistas. Mas há uma outra faceta da sua carreira, que este livro resgata em detalhes: ele foi deputado federal em oposição a ditadura, considerado um dos dez mais influentes da Câmara entre 1978 e 1983 e o melhor parlamentar da bancada paulista. Em 81, foi premiado na ONU por sua defesa dos Direitos Humanos, ao lado do ex-presidente Jimmy Carter e da atriz sueca Liv Ülmann.



Olá Antonio. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Audálio Dantas ficou muito conhecido no Brasil como líder sindical dos Jornalistas, quando do assassinato de Vladimir Herzog, em 1975; como escritor, editou o "Quarto de Despejo", diários da favelada Carolina de Jesus, um best-seller nos anos 60, traduzido em 13 idiomas, e lançou vários livros próprios, alguns premiados. O que muitos se esquecem é que Audálio teve também uma passagem brilhante pela Câmara dos Deputados, cumprindo um mandato entre 1979 e 1983, no ocaso da outra ditadura. Foi considerado um dos dez deputados mais influentes do país e o melhor da bancada paulista. Como fui seu secretário de Gabinete Parlamentar e, depois, seu amigo até sua morte em 2018, procurei registrar aquele período tão rico da História brasileira e o papel desempenhado por um deputado de oposição na transição que começava, para a Democracia.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Publiquei antes quatro livros, o primeiro bem amadoristicamente: "Cartas da Holanda", destinado a amigos e contando aspectos da vida neste país, onde vivo a metade do ano, há treze anos, devido a minha companheira ser holandesa. Teve mais repercussão "A Bolívia de Evo Morales", que na época era uma grande reportagem, mais depois tornou-se um livro de História, boa biografia do líder cocaleiro e presidente daquele belo país. Em seguida veio "A Imprensa x Lula", sobre o tratamento parcial e tendencioso que a mídia tradicional brasileira sempre deu aos governos do ex-metalúrgico. Finalmente, publiquei "O Brasil na era dos imbecis - o discurso de ódio da direita", no qual desmontei algumas das mentiras do sr. Olavo de Carvalho, um extremista de direita, e previ que ele influenciaria no poder quando o fascismo tivesse algum ascenso no Brasil. Infelizmente, o livro teve pouca repercussão, e pior ainda: eu estava absolutamente correto.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Sou jornalista desde os 14 anos de idade (comecei na Rádio Difusora de Taubaté) e publico livros quando tenho um material que não caberia em jornal, revista ou blog. Mesmo com pequenas tiragens, tive bom retorno dos meus livros, pelas opiniões positivas que recebi de pessoas que respeito no meio intelectual e jornalístico. 
Este novo livro "Audálio, deputado", vai interessar a todos que praticam ou apreciam o Jornalismo e, ao mesmo tempo, aos que procuram saber mais sobre a outra ditadura, aquela de 1964-85. Vale também como um pequeno registro histórico de uma fase tumultuada, que inclui as grandes greves no ABC; os embates entre os militares que queriam "abrir" o regime e os radicais que queriam prolongá-lo e aumentar a repressão; a censura a Imprensa; a luta pela Anistia e as greves de fome de centenas de presos políticos; etc. Tentei mostrar o panorama geral enquanto traçava a conduta do Audálio como deputado do MDB/PMDB, atuando firmemente em tantas áreas diferentes, no Congresso e nas ruas. 
Não consigo imaginar o universo de leitores que terei, mas acho que fiz minha parte ao reunir informações interessantes e que estão num texto leve e acessível.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheço há décadas o trabalho de João Scortecci, um dos principais editores brasileiros, sempre lançando escritores que, de outra forma, não chegariam aos leitores. Ha vários anos, fiz um curso na editora, de um dia, e pude conhecê-lo pessoalmente a sua competente equipe. Estou muito feliz de ter escolhido esta Editora, que tratou-me com respeito e total disponibilidade, fazendo todo o processo de acompanhamento da edição muito menos angustiante do que poderia ter sido. Agora entramos na fase da distribuição e vendas, espero que a parceria nos traga sucesso, a ambas as partes.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O tema do livro é interessante, por versar sobre um dos mais importantes homens públicos brasileiros do século XX. Audálio Dantas destacou-se em todas as atividades que exerceu, como repórter premiado, escritor respeitado, político e administrador público capaz. Importante lembrar que ele tornou-se um exemplo de Ética e de honestidade, cuja conduta jamais foi sequer questionada nos vários cargos executivos que ocupou, como a presidência da Imesp - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, que ele transformou na maior gráfica pública da América Latina, altamente lucrativa. 
Conhecer alguns bastidores do Congresso e daquela fase de transição da outra ditadura para a democracia também é interessante, tanto para quem viveu aqueles tempos como para os jovens. Afinal, logo entraremos em outra fase de reconstrução da Democracia, depois dos abalos que ela sofreu desde 2016.

Obrigado pela sua participação.
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