É publicitária, pós-graduada em paixão por cotidiano e mestranda em criação de menino levado. Nascida no final dos anos 70, é casada e mãe de dois meninos, os “Ursos” que protagonizam algumas das crônicas deste livro. Colunista do site O Segredo e autora do blog Nane Prosa, essa paulistana de quase 40 se delicia e emociona as pessoas mostrando, em suas crônicas, o lado divertido das coisas do cotidiano.
É desses livros que a gente aperta junto ao peito quando termina de ler cada crônica. Misturando doses de humor, emoção, fantasia e realidade, a autora nos convida a refletir sobre nossa própria vida enquanto compartilha a sua. Relacionamentos, vida e morte, situações divertidíssimas do cotidiano, são alguns dos ingredientes que fazem dessa obra uma daquelas que a gente fica mais leve quando termina de ler.
Olá Nane. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Enquanto
Escrevia... Porque talvez você tenha vivido coisas assim, é um livro de
crônicas sobre o cotidiano, sobre aquelas memórias, fatos e acontecimentos que
fazem a gente rir, se emocionar e recordar.
Recheado de humor, fantasia e muita emoção, esse
livro foi escrito para dar vazão aquelas emoções que moram escondidinhas dentro
da gente, e que, de tão grandes, precisam ganhar vida.
Dedico esse livro as crianças de 6 a 99 anos que
precisam de um tempinho de aconchego, riso e de um lugarzinho bom para chamar
se seu.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Humm...
pergunta difícil, risos...
Sou publicitária e redatora entre outras coisas,
mas, ainda que minha profissão tenha me levado ao mundo da escrita, me lembro
de escrever desde menina.
Sempre gostei de escrever cartas (ainda gosto.
Sou analógica, kkkk), bilhetes, cartões e, depois da maternidade, a escrita se
confirmou minha autoterapia, sabe?
Nesse mundo tão corrido, escrever se tornou meu
oásis, meu paraíso onde as coisas todas ganham sentido e ficam claras.
A princípio, minha ideia era publicar ESSE
livro. Porque, apesar do livro falar de mim, das minhas memórias, vi que as
pessoas se identificaram muito com essas lembranças. Todo mundo tem histórias
divertidas sobre a infância, perrengues de adolescência, dores escondidas... E,
saber que minhas palavras de algum modo poderiam refletir a história de outros
e, mais que isso, trazer algum conforto, ahhh isso foi uma deliciosa
descoberta!
Se vem mais livros por aí?
Não sei.
Só sei que uma paz enorme tomava conta de mim,
Enquanto eu Escrevia... e creio que talvez não possa mais viver sem essa paz!.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A
pergunta que mais tenho respondido nos últimos meses, é justamente sobre a
coragem de escrever um livro, num país onde as principais livrarias estão
fechando as portas.
Essa pergunta vem sempre carregada de um tom de
preocupação em saber se ainda se ganha dinheiro escrevendo livros.
Essa pergunta, me traz dois alertas importantes.
E tristes:
Primeiro, ainda se tem a crença de que, ao
publicar uma obra, o autor se torna rico e, dessa forma, se não for para vender
muito, Por que alguém escreveria um livro? Triste pensamento...
Como se o efeito publicação fosse uma garantia
de best-seller ou quem sabe, um futuro filme.
Juro que adoraria! risos...
Se, ao publicar uma obra, um escritor estiver
visando apenas o retorno financeiro, melhor procurar outros caminhos...
O segundo alerta, me faz pensar que estamos
conformados com o fato de que não somos um país de leitores e ponto final.
Ora, o primeiro passo para tornar algo verdade,
é acreditar firmemente no que foi dito.
Se aceitamos que não lemos, que nossas livrarias
estão fechando as portas, que nossas crianças são da era digital e que por esse
motivo, oferecer um livro a elas é menos estimulante que oferecer um
eletrônico, aí sim estaremos decretando a falência da cultura no nosso
país.
Sobre tonar-se um escritor no Brasil, penso que,
quem tem paixão pela escrita, simplesmente não consegue viver sem ela. Isso vai
além do que oferece o mercado editorial, da inclinação dos brasileiros pela
leitura e etc.
Particularmente sofro muito em saber que, num
pais de cerca de 215 milhões de habitantes temos apenas cerca de 52 mil
estabelecimentos que oferecem livros (livrarias, papelarias, sebos e outros) e,
sofro mais ainda em saber que a imensa maioria delas, está concentrada aqui nas
regiões sul/sudeste. Como atingir e disseminar o gosto pela leitura num país
tão gigante e sem incentivo?
Acredito no trabalho de formiguinha.
Uma mãe, um pai, um tio... que lê para uma
criança.
Que haja alguém que possa ler o que tiver, o que
der, de onde estiver e que fantasie durante a leitura.
Acredito muito nisso.
Acredito piamente no poder disso!
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Eu
estava com o livro quase pronto e ainda naquela fase de tentar enviar a obra
para algumas editoras na esperança de que alguém pudesse ler, retornar e quem
sabe, publicar.
Quando percebi que publicar esse livro era quase
como ter um outro filho, vi que não podia esperar. Vi que não podia deixar meu
sonho parado sobre a mesa de alguém esperando para que fosse lido.
Foi nesse momento que comecei a pensar em
publicá-lo de forma independente.
Pesquisei muitas editoras especializadas nesse
modelo, até que uma amiga querida me indicou a Scortecci.
Na ocasião, ela me disse que uma conhecida havia
publicado a obra com a Scortecci e que tudo tinha dado super certo.
E comigo não foi diferente. Os prazos foram
cumpridos, o atendimentos super cordial, claro e esclarecedor.
Enfim, encontrei o lugar certo para acolher
filhinho de capa colorida.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Enquanto
eu Escrevia merece ser lido e abraçado, risos...
Olha... eu coloquei tanto amor, humor e
sentimento naquelas páginas, que as vezes penso que o livro ganhou vida!
Como já disse na contracapa, e nunca vou cansar
de dizer, esse livro é um daqueles lugares de paz e aconchego, para onde a
gente vai quando quer colocar as ideias em ordem, os pés para cima e sentir o
vento no rosto.
Nesse mundo frenético, poder se deixar levar por
algumas horinhas sentindo-se abraçado, é um presente que todos podem e merecem
se dar.
Obrigado
pela sua participação.