De Salinas da Margarida/Ba. Nascido em 29 de maio de 1970.
Casado com Meiriara Lopes de A. Cerqueira. Juntos têm três filhos e um neto.
Pedagogo, músico, poeta, contista, policial militar e eterno estudante de filosofia, busca em sua aprazível cidade a inspiração para caminhar no mundo das letras, objetivando esvaziar um pouco do peso causado pelo fardo pesado das ausências que possui.
Filho de pai artista, poeta, músico e pintor, o autor tentou a carreira de jogador de futebol aos 17 anos, porém a saudade da família e sobretudo da namorada, atual esposa, foi fator determinante para que ele forçasse o retorno, embora sofresse a posteriori, pelo sonho não realizado.
Em sua cidade, passou a trabalhar na prefeitura como músico e assumiu a regência da fanfarra local, na qual ele teria sido aluno fundador aos 15 anos e assim permaneceu até os 37 anos, compondo e regendo. Aos 22 anos, já casado e com uma filha, prestou concurso para a Polícia Militar e, em paralelo à música, seguiu sua vida profissional. Graduou-se em pedagogia, mas a sua paixão pela sala de aula não lhe permitiu gostar de nenhum setor educativo que não houvesse contato direto com os alunos, pois creditava que o trabalho didático pedagógico lhe amenizaria o serviço repressor, característico da sua outra função.
Na poesia, viu em Augusto dos Anjos um ícone. Na música, tem o baiano Elomar como inimitável. Seu gosto musical varia das síncopas da chula baiana, ao lamento profundo dos celtas em suas canoas.
Na filosofia, vê em Nietzsche alguém a espatifar paradigmas, e tal qual a Augusto dos Anjos, um ser ainda a 'ser' compreendido. O deus de Espinosa lhe encanta, e o vazio lhe atormenta com tanto mistério e perenidade.
Atualmente dando aulas de filosofia no ensino médio, esse torcedor do Vitória e bastante família, espera que o terreno literário lhe seja leve.
Cita a Polícia Militar, os amigos, irmãos e familiares.
Seu poema predileto é Tabacaria – Fernando Pessoa.
Tendo o vazio como ponto de partida, este conto enfatiza a necessidade de auto superação do ser. Emilho, um corvo insatisfeito com a sua condição de comum, busca encarar e superar os seus medos, ao viver com corvos comandados por três anciãos arcaicos e debilitados, e que por esse motivo permitem que os procedimentos no bando sejam capitaneados pelo ranzinza Vicenzo, um corvo perverso e conservador.
Os anseios de Emilho farão com que ele busque transformar a realidade mórbida vivida na Árvore em que habita, por uma vida mais digna. Ele percebe o princípio da sua auto superação quando resolve desmistificar um, dos vários medos que o limitava. Extasiado pela descoberta, o corvo comunica ao bando e pede permissão para que, junto com alguns outros corvos, - esses, medrosos e dogmatizados por conceitos antigos – ele pudesse, numa noite escura e chuvosa, encarar o ‘Caipira’, um dos espantalhos guardiões, e mudar de uma vez por todas, a maneira de viver na Grande Árvore.