Nasceu e vive em Santa Isabel, interior de São Paulo. Formou-se em Publicidade e Propaganda em 2011 na Universidade Braz Cubas (UBC), de Mogi das Cruzes. É leitor de Stephen King, H.P. Lovecraft, Peter Benchley e outros autores. É proprietário da Casa de Livros, em Santa Isabel. Estudou na Academia Internacional de Cinema de São Paulo. É autor dos livros O Vale dos Lobos e Paraíso Azul, publicados pela Scortecci Editora.
Rubya
Em um convento do Leste Europeu, a rotina das irmãs da Ordem de Santa Catarina de Siena segue normalmente todos os dias, com a presença do padre local, que as visita periodicamente para realizar as missas e ouvir as confissões. Um dia, a Irmã Evelyn, a Madre Superiora, conhece a cigana Angela e a convida para acampar na floresta, a contragosto da congregação. Mas existe algo a mais, algo maligno e sobrenatural, uma criatura da noite que estava enterrada na cripta, mas foi trazida de volta à vida graças a algumas gotas de sangue. Agora, ela sai de seu túmulo todas as noites e começa a fazer vítimas no convento. Evelyn está desesperada e pede ajuda de Angela para desvendar esse mistério e destruir a criatura antes que seja tarde demais. Uma história de terror gótico que promete prender a atenção do leitor até a última página. Em um convento do Leste Europeu, a rotina das irmãs da Ordem de Santa Catarina de Siena segue normalmente todos os dias, com a presença do padre local, que as visita periodicamente para realizar as missas e ouvir as confissões. Um dia, a Irmã Evelyn, a Madre Superiora, conhece a cigana Angela e a convida para acampar na floresta, a contragosto da congregação. Mas existe algo a mais, algo maligno e sobrenatural, uma criatura da noite que estava enterrada na cripta, mas foi trazida de volta à vida graças a algumas gotas de sangue. Agora, ela sai de seu túmulo todas as noites e começa a fazer vítimas no convento. Evelyn está desesperada e pede ajuda de Angela para desvendar esse mistério e destruir a criatura antes que seja tarde demais. Uma história de terror gótico que promete prender a atenção do leitor até a última página.
Entrevista
Olá Matheus. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?
Rubya é uma história de vampiros ambientada num convento europeu do século XVIII.
A trama começa em 1748, com Rubya já doente e à beira da morte. As irmãs e a Madre Superiora tentam cuidar dela, mas ela acaba morrendo e é enterrada numa cripta do convento. Após esse prólogo, a trama avança vinte e cinco depois, com o convento agora administrado pela Irmã Evelyn, e com novos membros na congregação. As irmãs vivem sua rotina, fazendo suas orações, cuidando do convento, e realizando suas missões. Durante uma missão, a Irmã Evelyn conhece a cigana Angela, e, comovida por sua situação, convida-a para acampar na floresta, mas as freiras não gostam disso, pois acreditam que Angela irá lhe trazer desgraças, por ser uma cigana. Porém, as coisas no convento começam a se agravar, porque Rubya é trazida de volta à vida com algumas gotas de sangue de uma ratazana. No início, Rubya começa a se alimentar do sangue de animais, mas, numa noite, decide sair de seu túmulo, e se alimenta do sangue de uma das freiras. No primeiro momento, a Madre Superiora e as outras irmãs acreditam que foi uma morte natural, mas, quando outra freira é morta, Angela compartilha com Evelyn algumas histórias de seu povo a respeito de vampiros, porque a irmã apresentava marcas de mordida em seu corpo. Evelyn de início não acredita, mas, após ler um livro a respeito do assunto, ela passa a acreditar nas histórias de Angela, e pede sua ajuda para destruir a ameaça que ronda o convento. O problema é que nem Evelyn, nem as irmãs sabem que Rubya dorme na cripta do convento, porque não testemunharam a morte dela, vinte e cinco anos atrás. À medida que os dias vão passando, Rubya continua a fazer novas vítimas no convento, e Evelyn precisa correr contra o tempo para impedi-la. Não irei me aprofundar mais nos detalhes para não entregar spoilers.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A ideia para escrevê-lo surgiu após eu assistir, no YouTube, ao trailer de um filme baseado na vida da condessa Elizabeth Bathory, uma condessa que dizem ter assassinado mais de 600 mulheres no século XVI, na Hungria. Quando eu vi o close no rosto da atriz, que interpretava o papel principal, eu tive a primeira ideia para este livro, e comecei a trabalhar na primeira versão do manuscrito. No início, eu gostei muito do que havia escrito e achei que poderia ser um bom material. No entanto, durante o processo, eu percebi que aquilo não estava dando certo como um livro, então, acabei deletando todo o material. Durante muitos anos, eu tive várias ideias diferentes, que se distanciavam da minha concepção original, até que, provavelmente em 2019, eu tive uma nova ideia, e comecei a escrever, e o resultado, é o livro que foi editado nesse ano. Minha principal inspiração para escrevê-lo, foi um filme de terror mexicano chamado Alucarda – A Filha das Trevas (1977), sobre duas noviças que passam a praticar atos de satanismo em um convento do século XIX. A ambientação gótica e a caracterização da personagem principal, foram as minhas principais influências para desenvolver a história e trabalhar nela. Eu acredito que Rubya pode ser direcionado para o público adolescente, numa faixa etária de 14 a 16 anos, principalmente por causa das cenas de tensão e violência. Mesmo com poucas cenas e pouco derramamento de sangue, a violência está presente na narrativa, principalmente em uma cena em que uma das freiras tem a garganta dilacerada pela vampira. Além disso, Rubya também é direcionado para quem gosta de literatura de horror, horror gótico, e histórias de vampiros. É também um livro diferenciado, porque, assim como meus livros anteriores, não é ambientado no Brasil, e sim, em um país fictício do Leste Europeu; os outros eram ambientados nos Estados Unidos.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. O primeiro de muitos ou um sonho realizado?
Eu nasci e vivo em Santa Isabel, no interior de São Paulo. Sou dono da Casa de Livros, um sebo e papelaria que fica no andar de baixo da minha casa. Sou leitor de Stephen King, H.P.
Lovecraft, e outros autores, mas principalmente desses dois autores. Eu comecei a desenvolver interesse pela leitura na época da escola, com um exercício que foi passado para a classe, onde cada aluno tinha que ler um livro. Nesse período, eu não dava muita atenção à leitura, mas, graças a esse exercício, eu peguei gosto pela leitura, e continuo assim até hoje. Foi também na escola que minhas habilidades de escrita surgiram, principalmente com atividades de redação, onde eu recebia elogios dos professores de Língua Portuguesa, além de conseguir bons resultados nas provas como Saresp e Enem, graças à redação. Em 2007, eu escrevi meu primeiro conto, uma história de lobisomens ambientada no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Como era meu primeiro texto, eu gostei muito dele, mas, conforme o tempo foi passando, eu percebi que aquela história não ficou boa. Um ano depois, eu escrevi outro conto, desta vez sobre uma pequena cidade do Alaska que é invadida por uma alcateia de lobos, chamado O Vale dos Lobos. Por incentivo de uma pessoa que leu o manuscrito, eu o enviei para a Scortecci Editora, que o aceitou, e o publicou, em 2014. Essa foi meu primeiro livro publicado. Em 2018, eu lancei o meu segundo livro, Paraíso Azul, também pela Scortecci Editora, que novamente se mostrou receptiva com o meu trabalho. E agora, em 2024, meu terceiro livro com a editora, Rubya, será lançado em novembro. Ter mais esse livro publicado é a realização de mais um sonho.
O que te inspira escrever?
Minha grande inspiração para escrever, é o autor Stephen King, considerado um mestre do terror. Os livros de King são muito bem escritos, e autor consegue cativar e prender a atenção do leitor já nas primeiras linhas de narrativa, e além disso, ele deu vida a personagens inesquecíveis da literatura. Minha outra inspiração é o autor H.P. Lovecraft, criador do terror cósmico, e dos Mitos de Cthulhu, que se tornaram fundamentais na literatura de horror. Outros autores também me inspiram, mas, King e Lovecraft são minhas principais influências. Eu também tenho inspiração para minhas histórias em filmes que assisto, porque muitos deles falam sobre assuntos que me interessam e despertam a minha criatividade, e me levam a contar uma história inspirada naquela trama. Esse sempre foi o meu caminho para ter uma ideia para algum livro ou conto, mas não é o único, porque, os textos dos autores mencionados acima também me inspiram a desenvolver as minhas próprias narrativas.
O seu livro merece ser lido? O que ele tem de especial capaz de encantar leitores?
Sim, Rubya merece ser lido. Eu acredito que o próprio tema, vampiros em um convento, vai chamar a atenção dos leitores, porque, eu não conheço nenhuma história que possua um tema semelhante, pelo menos, não na literatura. Espero também que o livro chame a atenção de leitores de horror e de vampiros, e não apenas dessas pessoas, mas do público em geral, porque, o livro fala de um assunto um tanto controverso, mas, que pode despertar a atenção de quem for lê-lo. Infelizmente, não posso prever a reação que o livro provocará nos leitores, mas, espero, com toda sinceridade, que eles gostem.
Como ficou sabendo e chegou até a Scortecci?
Eu cheguei à Scortecci Editora enquanto procurava uma editora independente, ou de pequeno porte, para publicar meu primeiro livro, O Vale dos Lobos, em 2014. Assim como fiz com as demais, eu acessei o site da editora, examinei o catálogo e a proposta, e enviei os dados do livro para publicação. A resposta da editora foi positiva, e eles foram extremamente gentis comigo, além de serem respeitosos com o material. Eu pensava que o manuscrito não seria aceito, justamente por ser uma história que não se passa no Brasil, mas, as pessoas que me atenderam na época receberam bem o material. Como era a minha primeira vez conversando com uma editora, eu fiquei empolgado com os e-mails que recebia, principalmente após a assinatura do contrato, que foi o primeiro contrato que assinei em minha vida. As negociações transcorreram bem nos meses seguintes, e, em junho de 2014, o livro foi lançado, e no mês de junho deste ano, O Vale dos Lobos completou dez anos de lançamento. Quatro anos depois, quando concluí meu segundo livro, Paraíso Azul, e não obtive respostas favoráveis de outras editoras, enviei o manuscrito para Scortecci Editora, que o aceitou e concordou em publicá-lo. Novamente, a minha reação foi de receio, pelos mesmos motivos do livro anterior, mas, mais uma vez, a editora respondeu de forma positiva, e, assim como aconteceu com O Vale dos Lobos, as negociações ocorreram de forma positiva e amigável. Quando finalizei o manuscrito de Rubya, eu encaminhei o manuscrito para a Scortecci Editora, e para outra empresa, do Rio de Janeiro. Após comparar as propostas, aceitei o que Scortecci me ofereceu, e as negociações começaram. Assim como nos casos anteriores, tudo correu muito bem, apesar das muitas dificuldades em concluir as revisões dos bonecos em PDF, mas, felizmente, os problemas nesse setor foram resolvidos, e, após muitos meses, a produção de Rubya foi concluída em outubro de 2024, e o livro será lançado no final do mês de novembro. Rubya é o meu terceiro livro publicado pela Scortecci Editora.
Obrigado pela sua participação.