Lucilaine de Fátima
Nasceu em 10 de maio de 1970, em Itumbiara (GO). É professora na rede municipal de ensino de Uberlândia, acadêmica e diretora de documentação da ALMBL – Academia Leonística Mineira e Brasiliense de Letras. É poetisa, autora do "O avesso do ser", já participou de várias coletâneas e agora realiza o sonho de ter seu segundo livro solo publicado: FLOR DE LU. Este livro é repleto de poesias e foi escrito com amor para aqueles que ainda acreditam que ele possa existir.
Contato com a autora:
É um livro de poesias e as poesias ali selecionadas possuem como temática principal: o amor.
“Sinto, logo escrevo”: esse é o título de um dos poemas de Flor de Lu que resume a essência poética deste novo livro de Lucilaine de Fátima, repleta da linguagem do sentir, invertendo a lógica cartesiana que priorizaria o pensar. Em Flor de Lu, a poetisa se escancara e mostra tudo o que se vive, sob o crivo poetizante do seu sentir. E escrevendo com o coração, sua escrita do sentir escava as curvas da sua solidão; põe à luz o sonho da “alma gêmea” perdida e, às vezes, encontrada para novamente se perder; fala com os amigos e pelos amigos da gratidão dos seus encontros; sente com o amado e pelo amado a magia de suas paixões e as quenturas de suas líbidos trocadas e poeticamente espelhadas; sente ardentemente a dor da falta e da perda e do vazio, provocados pelos golpes do amor que se vai ou que se foi ou que não se voltará; intensamente ainda sente e revela o desejar pelo outro, como se, em uma certeza previamente destinada, estivesse condenada a encontrá-lo sabe-se lá por que traçados do fado.
“A você que crê no amor” é o enunciado escolhido como dedicatória pela autora, e, através de seus versos, nesse amor se mergulha, mesmo que, a certa altura da obra, surpreendamos com uma dolorosa conclusão, proposta pela poetisa, quando esta diz que “confiança no mundo é coisa de poeta”, todavia, e eis aí a surpresa, mesmo assim não se perde a disposição de amar, professando a fé no amor, convite que nos é feito logo de cara. Enfim, nessas poesias de Flor de Lu, os leitores irão encontrar as contradições do ser sentinte que simplesmente ama, sofre, sonha, frustra-se, extasia-se, deseja, aposta e levanta, a cada novo amanhecer, com uma nova disposição de encontrar o belo, seja no amor, seja na vida, seja na arte. Para terminar, ressalto ainda que a poesia de Flor de Lu exemplifica como a arte, além de ser para os outros, também funciona como terapia do próprio viver para quem a cria, transcendendo o contraditório da vida e apostando no porvir do ser que se projeta ao mundo. “O que apazígua minha existência? O amor”, diz a autora em um de seus versos.
Gílber Martins Duarte
Em Flor de Lu, mostra-se por inteira a alma da autora, que num desnudar de seu ser revela a genuína alma de poeta. Os versos parecem sair direto da alma, derramando o conteúdo desta sobre o papel que, branco, espera. Podem-se ver as cores e sentir os sabores das emoções nos versos elaborados de maneira sublime. Percebe-se quão excelsa pode ser a alma humana e o que ela leva no seu interior. São versos que fazem aflorar sentimentos humanos e genuínos. Poesia que expressa o viver, dia a dia, da alma, bem simples, bem comum. Versos que falam, com beleza, do afeto, da solidão, da separação, enfim, do amor e da ausência de quem se ama. Versos que levam o leitor a compreender o que se passa numa alma ansiosa por transformar em palavras o que vai em seus recônditos. Felizes os que conseguem transformar seus sentimentos e emoções em palavras. Felizes os que puderem sentir o que a alma de poeta, nestes versos, quis mostrar.
Antônio Eustáquio Marciano - Escritor