Com "Desculpe o atraso", Marcello Averbug concretiza projeto há longo tempo acalentado mas sempre adiado: o de produzir textos de ficção.
Há mais de 30 anos vem elaborando textos de economia e política, publicados em livros, revistas de economia e jornais (Jornal do Brasil, O Globo, Valor Econômico e imprensa da Argentina e Chile). Esses textos foram reunidos no livro "Escritos Itinerantes", lançado em novembro de 2014.
Como economista trabalhou principalmente no BNDES e no Banco Inter-Americano de Desenvolvimento, em Washington DC. Foi professor dos Departamentos de Economia da UFF e da PUC-RJ. Atualmente é consultor em Washington, onde reside.
M. Averbug também dedica-se à fotografia, tendo realizado exposições no Rio de Janeiro, Washington e Lisboa.
O autor teve como objetivo provocar surpresas no leitor. Não surpresas retumbantes, mas sim sensações sutis. Nenhuma relação existe entre os cinco enredos apresentados.
A novela "Desculpe o atraso" narra a trama ocorrida, na década de 50, no seio de uma família com raízes nm Niterói e no Rio de Janeiro, assim como alguns traços do cenário político de então.
"Enquanto é tempo" examina o impacto de mudanças, acontecidas em viajem à Itália, no tranquilo cotidiano de um solteirão burocrata.
Em "Solidão inacabada", observa-se o comportamento de um solitário de meia idade ante a súbita perspectiva de escapar da solidão.
O pequeno relato "Suspeita" acompanha as dúvidas que afligem um andarilho em Washington DC.
"Flagrantes da vida irreal" tricoteia verdades do panorama brasileiro, expostas de mameira surrealista.
Olá Macello. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Trata-se de uma novela e quatro contos. A ideia que deu
origem à novela surgiu há uns 30 anos atrás, quando minha prima Dina Sfat,
atriz famosa, atingiu idade madura. Imaginei então um roteiro de filme apropriado
para ela ser a protagonista. Com seu falecimento, engavetei o projeto.
Anos passado resolvi retomar a ideia sob a forma de uma
novela e, também, escrevi contos que há bastante tempo frequentavam minha
imaginação. E assim surgiu o livro.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou um economista que trabalhou principalmente no BNDES e,
em Washington, no Banco Interamericano de Desenvolvimento, além de haver sido
por longo tempo professor universitário. Agora atuo como consultor econômico em
Washington, onde resido.
Há mais de três décadas venho publicando artigos sobre
economia e política em livros, revistas técnicas e jornais. Agora, após superar
a inibição em tatear no mundo da literatura de ficção, sinto-me motivado a
produzir mais, principalmente novelas.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A batalha que um escritor estreante enfrenta para divulgar
seu livro é gigantesca e, na maioria das vezes, desanimadora. Isso acontece
devido ao reduzido tamanho do mercado brasileiro de letras, à escassa
possibilidade das editoras financiarem a produção de um livro e à falta de
disposição das livrarias em apostar em novos e desconhecidos escritores. Para
os escritores consagrados é sempre mais fácil, mas eles também são afetados
pela pequena dimensão do mercado.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através do meu amigo e escritor consagrado Affonso Romano
Santana.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Creio que a maior atratividade do DESCULPE O ATRASO
consiste em provocar sutis surpresas no leitor. Os personagens do livro
frequentemente agem de forma inesperada em relação aos traços de suas personalidades.
Procurei adotar um estilo leve de redação que contribua para manter o leitor
atento, desobrigando-o da tarefa de decifrar o enredo que lhe foi oferecido.
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