22 dezembro, 2014

Entrevista com Wagner Andriote - Autor de: DESORDENS DO OCASO


Nasceu em 1974, na cidade de Dois Córregos, interior paulista. Filho de Luiz Aparecido Andriote e Lourdes Capelari Andriote. Leitor voraz, sempre se mostrou amante da literatura e da poesia, paixões que o levaram, inevitavelmente, à escrita. Ávido por encontrar conhecimento e respostas às suas inquietações e às do mundo, aventurou-se a novos caminhos e fixou morada na Capital Paulista. Encontrou na megalópole a diversidade de formas, cores, seres e culturas, o que intensificou seus sentidos e sensibilidade já aguçada, impulsionando-o definitivamente ao universo poético.
Participou de três antologias, uma pelo site “Alma Carioca”, uma pela editora Scortecci, “Incertezas e suas Fragilidades” e a última referente ao  Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio CNNP 2014, parceria entre UNICAMP e  editora Vivara.


Retrata com peculiaridade o inconformismo e as inquietações diante das injustiças e mazelas sociais perpetradas pelo ser humano, ao mesmo tempo em que permite entrever no ser marginalizado o seu valor, a sua humanidade esquecida, sem perder-se do encantamento e da beleza captada pelas retinas sensíveis e implacáveis do poeta. Um livro perturbador, que através do poder e do encanto da poesia nos convida à reflexão e leva o leitor a rever seus valores, a repensar seus conceitos e preconceitos e a questionar nossa frágil e precária condição humana.
Escrevo
Porque a vida é um livro vazio.
Um sobrenadar entre prantos.
Mar de dores e espantos,
Oceano de razão e desvario.

Escrevo
Porque a vida tem encantos.
Abraços que revelam o riso,
Universo infinito de entre tantos.
Escrevo porque viver é preciso.

Escrevo
Porque o amor vale a pena.
Porque meu DNA é poema,
A brincar de roda na poesia.
Escrevo porque senão morreria...

Olá Wagner. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro trata de diversos temas, das inquietações humanas, das injustiças e de nossas mazelas sociais, da beleza da poesia vista sob a pureza das retinas da infância, invisível aos olhos adultos turvados pelo massacre cotidiano da vida moderna.
Acredito que publicar uma obra é pretensão de todos que escrevem. E o livro foi essa consequência natural, a maioria dos poemas foram escritos há muito tempo, até que um dia a publicação se tornou inevitável. São textos reflexivos, destinados a quem gosta de poesia, a quem se sente tocado pelos encantos da vida e pelas inquietações da nossa frágil e precária condição humana.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
É o primeiro de muitos, tentei outros rumos, outros horizontes, mas todos os caminhos me levaram à poesia. Não há mais volta. Certa vez li um artigo onde Frei Betto dizia que se você é capaz de viver sem a literatura, então a esqueça. Eu não posso viver sem a poesia e por essa razão a abracei pela eternidade afora...

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Em um país com pouca tradição em leitura, que não valoriza a educação, com milhares de analfabetos funcionais, com pouquíssimas bibliotecas e livrarias, ser escritor é para quem ama a literatura e sem ela a existência não faz sentido. Certo dia disse a um amigo que lançar um livro no Brasil é como atirar um botão de rosa ao mar. Você sabe que ele nunca vai voltar, mas vale o prazer de vê-lo navegar....

 Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Eu conheci pela internet, mas depois de algum tempo, enquanto conversa com seu proprietário, fiquei sabendo que na infância ele morou em Dois Córregos, interior de São Paulo, minha querida cidade natal, e dai a afeição foi imediata.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
A meus leitores e amigos deixo aqui o meu agradecimento pelas palavras de carinho, pelas críticas construtivas, pelo incentivo e pela motivação. Muito obrigado a todos.
Quanto a se mereço ser lido, acredito que a resposta não me compete. Sei apenas porque escrevo:
Escrevo porque a vida é um livro vazio. Um sobrenadar entre prantos. Mar de dores e espantos, oceano de razão e desvario. Escrevo porque a vida tem encantos. Abraços que revelam o riso, universo infinito de entre tantos. Escrevo porque viver é preciso. Escrevo porque o amor vale a pena. Porque meu DNA é poema, a brincar de roda na poesia. Escrevo porque senão morreria...

Obrigado pela sua participação.

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