19 julho, 2021

Entrevista com Jovina GBenigno - Autora de: Versus de Uma Vida

A poeta nasceu em Fortaleza, numa família de oito irmãos, começou a escrever ainda adolescente, mas o amor pelas artes (em especial a Literatura), foi manifesto logo na infância. Com formação em Letras e Direito. Teve poemas publicados em jornais da cidade, e em Jornais da CAIXA, empresa onde trabalhou por 31 anos. Premiada em Concurso Nacional de Poesia da Escola Nova Acrópole de Filosofia, em 2017. A Poeta teve também poemas selecionados para compor diversas Antologias Literárias a serem publicadas agora em 2021, tais como: Antologia Poetas Premiados - Prêmio Off FLIP de Literatura 2021 (a ser lançada na Semana de Literatura de Paraty); Antologia Poesia Brasileira/Poetize 2021(Vivara Editora); Antologia Prêmio Poesia Agora 2021 (Editora Trevo) e ainda na Antologia Esboços da Alma (comemorativa dos 35 anos de fundação , Editora Scortecci).

Tem uma natureza quase autobiográfica, mas não totalmente. Na escolha dos poemas, a autora não se prendeu a critérios, tais como ordem cronológica ou temas, foi sim o prazer de juntar parte dos seus originais e dar corpo ao livro. Cada poesia chegou por vontade própria, e a poeta teve que atendê-las. Os poemas têm nuances filosóficas acerca do sentido da vida e do paradoxo simplicidade e complexidade, dela indivisíveis, especialmente em vista das reminiscências próprias da poeta e de sua observação dos cenários, tempo e pessoas diversas, sem esquecer os metapoemas, são ainda flagrantes: o amor da autora pelos livros, o respeito à natureza das coisas, a contemplação da beleza e uma busca quase frenética para entender a si e ao outro. 

ENTREVISTA

Olá Jovina. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? 
O livro trata de sentimentos do mundo, vivências, perguntas sem respostas que, como disse Abert Camus, vêm do absurdo que é a própria vida, com todas as dores e belezas presentes na busca do sentido de viver. Os poemas fazem também um passeio por minhas reminiscências. Há neles forte flerte com a Filosofia, área do meu interesse, como a literatura em geral. O narrador às vezes fala na primeira ou terceira pessoa do singular ou plural. Presente, passado e futuro estão como que misturados num mesmo poema, numa alternância que imprime certo ritmo à leitura.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Escrevo desde minha infância. Eu gostava de mostrar meus poemas aos amigos e colegas de trabalho, e sempre tive excelentes retornos. Ao longo da vida as cobranças para publicação tornaram-se frequentes e quase imperativas, de forma que publicar meus versos era mais um sonho da família e amigos do que meu, porque eu achava que os pedidos eram meras gentilezas. No entanto, depois de participar de quatro concursos literários e ser bem sucedida, resolvi publicar. Na verdade, eu não pensei especialmente num público, são escritos de uma vida. Imagino que todos nós somos público para a Poesia, em virtude da humanidade e fantasia nela contidas.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sim, pretendo publicar de novo. Nasci em Fortaleza, família de oito irmãos; meu pai era amante dos livros e minha mãe, poeta, pintora e escultora. O ambiente familiar era feito de privações materiais e muito alimento para a alma e o pensamento. O amor pela Literatura surgiu na adolescência. Comecei a escrever cedo. Tenho formação em Letras e Direito. Além do meu próprio livro, tenho poemas publicados na Antologia Poesia Brasileira/Poetize 2021, da Vivara Editora, bem como na Antologia Prêmio Poesia Agora 2021/Editora, Editora Trevo. Entre os 19 e 35 anos de idade, publiquei poesias em jornais da cidade. Fui premiada em Concurso Nacional de Poesia pela Nova Acrópole de Filosofia, em 2017. Tenho também poemas selecionados para compor a Antologia Poetas Premiados Selo Off FLIP de Literatura 2021, a ser lançada na Semana Literária de Paraty, e na Antologia Esboços da Alma, comemorativa dos 39 anos de fundação da Editora dessa Editora.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Não é fácil, por todas as razões que conhecemos. No entanto, enquanto tiver quem escreva haverá quem leia. Sou otimista e penso, por exemplo, que o livro impresso nunca vai acabar, pois a tendência do leitor em telas de computadores e aplicativos, à medida que evolui como leitor, é querer tocar no livro. Para vencer a crise, que especialmente agora é gritante, todos os atores ligados ao negócio da escrita, todos, devem unir forças. O autor especialmente deve imbuir-se na tarefa de trabalhar a formação de leitores, faço este trabalho aqui na minha aldeia (risos), colocar seu livro debaixo do braço (como diz o poeta Marcelino Freire) e ir à luta, no trabalho de venda e divulgação, auxiliado a Editora, especialmente as de médio e pequeno porte. É um trabalho de formiguinha, mas cada leitor que trago para a poesia é, para mim uma grande vitória. Vamos à luta, todos juntos!

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci a Scortecci em pesquisas na internet por uma Editora para publicar meu livro. Entrei no site da Scortecci, naveguei. Fiquei bem impressionada com a apresentação da Editora e a multiplicidade de ações/iniciativas. Foi amor à primeira vista (risos). A publicação foi uma deliciosa experiência. Fui muito bem acolhida, todos muito focados, tempestivos no atendimento às minhas demandas. Trataram-me de forma respeitosa e cordial, senti muitas vezes um certo carinho, e me senti em casa.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Sim. Não só merece, como deve ser lido (risos). O livro é especial. O trabalho de publicação resultou numa bela edição, capa, tudo. É uma obra poética que conta momentos, fotografa fielmente pessoas; os temas estão todos interligados, constituindo retratos de uma vida; os poemas sintetizam contos, meio ficção, meio autobiográficos; é uma história em versos com os quais, com certeza, o leitor se identificará, a exemplo do poema que abre o livro, chamado Trança de Mãos. A minha alma e a de muitos estão ali: a pobreza, a luta, o lúdico, a superação, o olhar que sai do próprio umbigo e gira o mundo, chega à natureza e ao outro, numa percepção bastante apurada.

Obrigado pela sua participação.

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