16 julho, 2020

Entrevista com Simone Graziani Prada - Autora de: TERAPIAS NÃO MEDICAMENTOSAS PARA DTM

Nasceu e reside em São Paulo (SP). Estudou no Colégio Dante Alighieri. É cirurgiã-dentista formada pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), Especialista e Mestre de Ortodontia e Especialista de DTM e Dor Orofacial. É membro do Grupo Face Internacional. Tem a seguinte publicação internacional: “Chronic pain: Multiprofessional case report – New vision”, texto com coautoria do Prof. Israel Chilvarquer, livre docente da Faculdade de Odontologia da USP – disciplina de Radiologia (Journal of Dentistry & Oral Disorders, fevereiro de 2018).

(Disfunção Temporomandibular)
É a um só tempo instigante exploração dos processos físicos subjacentes à nossa percepção e eloquente ode à qualidade de vida – eis que constitui admirável combinação de ciência e dos processos terapêuticos naturais. Simone Graziani Prada tem curiosidade verdadeiramente renascentista diante do mundo, que ilumina as ideias para as quais se volta, propondo terapia não medicamentosa e manobras não invasivas com excelente resultado em portadores de dor crônica com remissão ou alívio da dor e ganho na qualidade de vida. Este livro nos convida a participar desse importante processo, recomendado a todos aqueles que se emocionam com o fenômeno da vida nos níveis físicos e emocionais, oferecendo rico material a ser explorado com vistas ao alívio da dor crônica da disfunção temporomandibular (DTM).
DTM: Conceito associado à dor
1. Dificuldade em abrir a boca ou desvio na abertura.
2. Travamento da mandíbula (queixo) no movimento.
3. Ruído na articulação quando a boca abre ou fecha.
4. Dor no rosto (face, têmporas e articulação da boca, algumas vezes no ouvido). Pode ter zumbido.
5. Pode piorar quando se mastiga ou boceja.
6. Pode causar dor de cabeça ou estar associada a ela e dor

Olá Simone. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Como o próprio nome diz trata de Terapias não medicamentosas para DTM (disfunção temporomandibular).
A DTM (Disfunção Temporomandibular) ocorre quando o paciente tem dores nos músculos da face, articulação da boca e estruturas associadas. Os sintomas podem variar muito desde: dores próximas na região do ouvido, têmporas, dificuldade para abrir ou movimentar a mandíbula, incoordenação dos movimentos mandibulares, travamentos. E ainda podem estar associados com zumbidos, dor no pescoço, dores de cabeça, enxaqueca e dor na coluna.
Recebo muitos pacientes de colegas (o tratamento de dor sempre é multiprofissional) que me encaminham os mesmos, para diminuir a quantidade de remédios que o paciente toma. Este livro surgiu, por um pedido mesmo por parte dos colegas da área de saúde e pacientes que estavam necessitando de um auxílio para diminuir as medicações durante o tratamento, quando o caso clínico permite isso. Se você é paciente, nunca tome remédio ou deixe de tomar sem conversar com o seu médico. Este livro se destina a todos os profissionais da área de saúde não especialistas na área de dor (médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas) que tenham interesse em atuar nesta área (o livro tem o tempo inteiro dicas valiosas para o diagnóstico e terapia) e pode ser muito útil para qualquer paciente com dor crônica, na busca pela qualidade de vida que tanto merecem.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Tenho já 30 anos de profissão. Entrei na USP com 17 anos e me formei com 21 anos. Nunca parei de estudar. Depois de tantos anos, já tinha escrito alguns capítulos de livro na área de Ortodontia (Sou Mestre de Ortodontia também pela USP, além de ser especialista de dor Orofacial e DTM). Não podemos ser egoístas com os outros, não é mesmo? O conhecimento tem que ser compartilhado. Não fico fazendo planos. A vida vai nos conduzindo.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Como a literatura que escrevo sempre se destina a um público que busca a qualidade de vida para si próprio ou para seus pacientes, não percebo esta falta de interesse do meu leitor. Me preocupei de deixar uma parte técnica no livro, mas também de fácil acesso aos pacientes leigos.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Recebi a indicação da editora por colegas médicos que me indicam pacientes. E quando mostrei o conteúdo para a Scortecci, houve um interesse mútuo que frutificou na publicação.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Já recebi muitos pacientes que tinham histórico de internações hospitalares para desintoxicar por excesso de medicação para dor crônica. Não podemos viver tomando remédio para dor, remédio para dormir, remédio para ansiedade etc. Não acredito que este seja o caminho da saúde. Existem dores na área de dor Orofacial como as neuropáticas (exemplo nevralgia do trigêmeo) e neurovasculares (cefaléias primárias) e psicogênicas que muitas vezes necessitam de medicação, mesmo. Existe a possibilidade de, melhorando os sintomas de DTM melhorar também a migrânea (enxaqueca) e dores cervicais por exemplo, nos casos em que as doenças coexistam ao mesmo tempo no paciente. E muitas vezes quando estas terapias alternativas são introduzidas na vida do paciente, ele se liberta das medicações ou diminui muito o uso da mesma. Na busca por alternativas tanto dos profissionais como pelos pacientes por esta tão almejada qualidade de vida, fico feliz ao ouvir de colegas e pacientes que já leram duas vezes ou mais o livro, buscando aperfeiçoar esta dinâmica em suas vidas ou tratamentos. Aí vejo que o livro está cumprindo seu papel. Fico muito feliz de poder ver que a realidade do meu consultório possa ser partilhada em outros espaços tão distantes. A mensagem que fica para os pacientes é:
Não desista de buscar estas alternativas menos medicamentosas. Você merece e estas dores não lhe pertencem. Você não nasceu com dor.

Obrigado pela sua participação.


Um comentário:

  1. Obrigada pela oportunidade de.partilhar ideias e experiência profissional

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