28 abril, 2024

Iris Miranda - Autora de: SER-TÃO JOVINA

Nome literário de Iraildes Dantas de Miranda.
Possui mestrado e créditos completos de doutorado em Letras UNESP, mora em Boston, MA e é autora do livro Out of Reach and Other Stories (Fora de Alcance e Outras Histórias), que em breve será publicado no Brasil.




Histórias de Amor e Fé no Aribicé retrata a força heroica de Jovina, mãe de 12 filhos, que viveu no Aribicé, Sertão da Bahia. O livro é narrado sob a perspectiva pessoal da filha Íris Miranda, que eterniza a mãe enquanto faz o Aribicé se destacar em páginas de literatura pela primeira vez.
A vida de Jovina e tudo o que ela atravessou são exclusivamente pessoais e profundamente humanos. Por isso, fica fácil o leitor se identificar com os fatos narrados." (Verônica Alves, Presidente da Academia de Letras do Vale do Itapicuru).
"A narrativa surpreende pelo humor, emoção e poeticidade, que combina bem com a musa inspiradora Jovina — afinal foi ela quem que levou Íris Miranda a criar essa verdadeira obra de amor e arte.” (Danilo Marques, poeta e cartunista).
O livro é como a explosão de uma estrela: brilhante e poderosa que faz o leitor olhar o passado e ver o futuro sob uma nova luz.” (Evely Libanori, professora doutora em Literatura).

Entrevista

Olá Iris. É um prazer contar a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
Em Ser-tão Jovina: Histórias de Amor é Fé no Aribicé, eu mostro a trajetória heroica de Jovina que viveu no sertão da Bahia. Ela é minha mãe e de mais 11 filhos. Procuro desvendar o que faz essa mulher ser a mais marcante e admirada do Aribicé. O livro se transforma em uma saga das famílias que deram origem ao lugar e tem traços de epopeia porque mostra a força heroica de Jovina para a vida e o espírito do valente povo desse lugar.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Escrevi esse livro para tornar Jovina imortal, quando percebi que ela não era eterna e que o tempo dela estava acabando na Terra. A vida de Jovina e tudo o que ela atravessou são exclusivamente pessoais e profundamente humanos, por isso, fica fácil para qualquer leitor se identificar com os fatos narrados e se apaixonar pela história de amor entre ela e Luiz. O livro certamente agrada o público de todas as idades.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Tenho mestrado e doutorado incompleto em literatura e inúmeros trabalhos de análise literária em revistas de literatura. Trabalhei como professora universitária no Brasil e nos Estados Unidos, onde moro há mais de 20 anos.
Escrevi meu primeiro livro de ficção há mais de dez anos, Out of Reach and Other Stories (Fora de Alcance e Outras Histórias), que ainda não foi publicado no Brasil. Atualmente, trabalho como intérprete, mas não consigo imaginar minha vida sem estar envolvida com escrita criativa.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Eu escrevo quando tenho histórias significativas para compartilhar. Escrevo para esquecer, lembrar ou criar realidades. Escrevo para me desafiar, rir ou chorar. Oh, yeah, escrevo para me surpreender com a minha escrita e com as imagens e personagens que crio. Mas o auge mesmo do prazer é ter o livro “vivo” em minhas mãos, mesmo tendo poucas pessoas para dividir minha emoção. Espere: parece que não respondi a sua pergunta? Desculpa. É que se eu pensasse primeiro no leitor, eu não escreveria. Mas penso, sim, em oferecer uma história rica e divertida, que faça um eventual leitor sair do tempo e voltar mais leve e inspirado para a realidade.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Cruzei com essa editora numa busca no Google. Depois conheci uma escritora que já tinha publicado com vocês, Veronica Alves, e isso me encorajou.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Ser-tão Jovina se caracteriza como escrita criativa: tem três narradores, eu, Íris, minha mãe Jovina e um outro em terceira pessoa. Eu apareço no livro como pessoa real, uso a estratégia narrativa de discutir o projeto de escrever o livro dentro do próprio livro e faço uso de malandragem para as pessoas me ajudarem com o conteúdo. Isso deixa o leitor intrigado, sem saber se as cenas descritas aconteceram de fato ou se são pura invenção. Sim, eu deixo turva a barreira entre ficção e realidade. A narrativa tem uma linguagem simples e expressões regionalistas bem divertidas, mas o conteúdo pode ser sério e profundo quando a situação exige. É possível que o leitor até se sinta inclinado a puxar uma cadeira para fazer parte das conversas dos personagens, porque todos os assuntos são abertos a múltiplas opiniões. Mas com certeza, a leitura faz o leitor continuar virando as páginas e sorrir das situações mais inesperadas. A principal história de amor do livro é entre mãe e filha. Talvez, lendo esse livro, o leitor tenha o desejo de aprender mais sobre a história de seus pais ou dos avós enquanto eles ainda estão vivos, porque são eles que guardam na memória a história da família e da comunidade em que vivem.
E vocês, meus queridos leitores, podem encontrar também inspiração para transformar histórias regionais em narrativa de valor universal. Nunca se sabe.

Obrigada pela sua participação.

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