14 setembro, 2025

Rosa Maria Miguel Fontes - Autora de: A MENINA E O SEGREDO DA FADINHA

Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desde a infância criava personagens e escrevia histórias que eram contadas por suas professoras em salas de aula. Foi até premiada num concurso de redação de âmbito estadual. Mais tarde, tornou-se professora. Durante alguns anos ela trabalhou como jornalista. Agora, voltou a se dedicar à literatura.
Esta autora presta atenção em tudo que as crianças fazem e falam, por isso está sempre aprendendo com elas. Sua inspiração para escrever histórias vem desta observação e das lições que vive com as crianças. Além disso, ela sabe que o mundo está em mudanças. É importante preparar os pequenos para crescerem e se tornarem pessoas qualificadas para construir um mundo mais alegre e bonito para se viver melhor.
Uma forma de contribuir com esta preparação é contar histórias baseadas nos exemplos positivos transmitidos pelas próprias crianças.
Rosa Maria já publicou outros livros: Hikôki e a mensageira do Sol (2011) e O abraço das cores (2013) ambos pela Miguilim Editora. Depois, lançou A menina e o segredo da fadinha (primeira edição em 2016), pela Editora Pingo de Letra/Scortecci; em seguida, Vovó inventa palavras (2017), Editora Literíssima; O caracol e a bela flor (2020), Eis Editora, e um livro para adultos Sonen de salvar, a biografia de Tetsuo Watanabe (2022), Editora Miguilim.
Em 2025, Rosa Maria retorna com a reimpressão de A menina e o segredo da fadinha, pela Editora Pingo de Letra/Scortecci.

As crianças também precisam fazer suas escolhas. Quando foi para escola, Natália decidiu trocar o medo e a insegurança por simpatia e cortesia. Em vez de temer brigas e hostilidades dos colegas, preferiu agir positivamente. Assim, foi premiada de diversas formas. Uma delas foi conviver com uma fada madrinha que a incentivou a conquistar amigos. E mais: contou um super segredo para a menina. Um segredo que vai render felicidade para Natália durante toda a vida. 




ENTREVISTA

Olá Rosa Maria. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
A história de A menina e o segredo da fadinha aborda as inseguranças que, muitas vezes, são experimentadas pelas crianças em suas vivências dentro da escola. A personagem do livro, Natália, sabe dos conflitos entre os colegas e até mesmo das agressões físicas. Ela ouviu muitos relatos a respeito desses acontecimentos e, no momento, que se prepara para iniciar sua vida escolar, essa realidade a amedronta muito ao ponto de ela entender que precisava de uma estratégia para não se envolver nem permitir que ninguém a envolvesse nas brigas. Ela decide, então, lutar contra isso. De que forma? Ela prometeu a si mesmo que seria a aluna mais simpática da escola. Para conseguir esse objetivo, estava disposta a agir com seus colegas sempre com cortesia.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A ideia veio de uma conversa com minha sobrinha, que se chama Natália. Na época, ela estava aguardando para ir para a escola pela primeira vez. Um dia, eu a vi pensativa, sozinha, no alpendre da casa da vovó e fui conversar com ela. Perguntei se estava preocupada com alguma coisa. Com muita convicção me explicou o motivo: a menina se perguntava como seriam seus dias na escola pelo medo das brigas e discussões com os colegas. Antes mesmo de eu ajudá-la com alguma orientação, ela já me avisou que tinha encontrado a solução. Estava disposta a conviver em harmonia com todos e, assim, se tornar uma colega simpática e uma aluna estudiosa. Com essa temática, o alvo do livro naturalmente se voltou para as escolas especialmente as do período Fundamental 1.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. O primeiro de muitos ou um sonho realizado?
Eu sou jornalista e escritora. Atuei no jornalismo por quase 40 anos trabalhando em redações de diferentes mídias: televisão, rádio, jornal, internet. Nesse tempo, eu não me dediquei a escrever literatura; só mesmo informação. Mas o gosto pela literatura surgiu primeiro que o do jornalismo. Comecei a escrever aos 8 anos de idade, quando o governo de Minas lançou um concurso nas escolas para escolher a melhor composição (naquela época ainda não se chamava redação). Venci o concurso e foi um grande alarde na escola, onde estudava, e na minha família. Entenderam que eu tinha vocação para escrever e, a partir daí, me senti muito motivada para criar. Gostava de inventar histórias para as crianças. Escrevi muito. Fiz o curso para ser professora do Fundamental 1 e, na época do estágio, os diretores decidiram que eu poderia adotar minhas próprias histórias nos planos de aula. Mas todas só existiram nos rascunhos e narrações orais.
Ao me aposentar, decidi rever minha ligação com a literatura e voltei a escrever a partir de 2010. Tenho 6 livros infantis publicados por diferentes editoras, entre eles, A menina e o segredo da fadinha, com o Grupo Scortecci/Pingo de Letra. Em 2022, lancei um livro para adulto, Sonen de salvar, a biografia de Tetsuo Watanabe pela Editora Miguilim. Mas já retornei para a literatura infantil e venho produzindo originais que coloco para as editoras avaliarem o interesse de publicar.

O que te inspira escrever?
A maior inspiração é a de dar alegria para as crianças através de mensagens positivas, que possam enriquecê-las. Gosto de ouvir a meninada. Sempre aprendi com a sinceridade, espontaneidade e a intuição que carregam dentro de si. Quando ouço algo valioso, como encontrei na conversa com Natália, crio a história e, quando é publicada, dedico o livro à criança. É muito boa a repercussão dessa experiência tanto para mim quanto para o homenageado com o livro. Além da alegria, vejo um crescente interesse dessas crianças/personagens pela literatura e leitura.

O seu livro merece ser lido? O que ele tem de especial capaz de encantar leitores?
Recentemente eu fui convidada para participar de uma contação de histórias promovida pelo setor Infantojuvenil da Biblioteca Pública de Minas Gerais e conversar com os participantes sobre A menina e o segredo da fadinha. Na abertura do evento, a responsável pelo evento afirmou que o livro merecia ser lido e adotado até pelos adultos. Na visão da bibliotecária, a proposta da personagem Natália de ser uma pessoa cortês e simpática extrapola os portões da escola e precisa chegar à sociedade em geral. Isso me deixou muito feliz. Além de valorizar a atitude infantil e, assim, dar voz às crianças, eu também acredito que debater bulling não é o suficiente para vencer a agressividade. É necessário despertar algo mais valioso dentro de ser humano. Ver uma criança disposta a vencer conflitos com sorriso e altruísmo, sim, pode mudar a realidade dentro das escolas. Daí, eu acreditar muito na mensagem de A menina e o segredo da fadinha.

Como ficou sabendo e chegou até a Scortecci?
Pela internet e redes sociais. Uso a internet para pesquisar as editoras e suas propostas e saber encaminhar meus originais. No caso da Pingo de Letra, a proposta da editora, que oferece ao autor tudo o que precisa para produzir o livro, é boa e necessária atualmente. Mesmo com o autor assumindo os custos, que envolvem a produção, a proposta ainda é interessante. Está cada vez mais difícil publicar principalmente para autores iniciantes como é o meu caso. Estranho muito o autor não poder conversar com editores para apresentar não apenas o original, mas a proposta em si que ele tem com aquele original. Acho que todo mundo perde: autor, editor, leitor. Se existe a proposta de um grupo sério, como o Scortecci, de facilitar a chegada do livro no mercado, acredito, vale a pena investir. Gostaria de deixar aqui meus perfis do Instagram (@rosinhamariafontes) e do Facebook (Rosa Maria Fontes). Obrigada.

Obrigada pela sua participação.

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